Editora 34 (2011), 256 páginas |
"O amigo noturno não era senão ele mesmo - o próprio senhor Golyádkin, outro senhor Golyádkin, mas absolutamente igual a ele -, era, em suma, aquilo que se chama o seu duplo, em todos os sentidos..."
Estamos no ano de 1844, e o nosso jovem escritor Fiódor Dostoiévski escrevera o romance epistolar Gente Pobre, que foi aclamado pela crítica literária russa como sinal de uma revelação. Após publicação deste romance, Dostoiévski é alçado à celebridade literária, situação que, de certa forma, atrapalhará a avaliação das obras seguintes. E é esta obra, objeto da presente resenha, que será seu segundo trabalho.
Estamos no ano de 1844, e o nosso jovem escritor Fiódor Dostoiévski escrevera o romance epistolar Gente Pobre, que foi aclamado pela crítica literária russa como sinal de uma revelação. Após publicação deste romance, Dostoiévski é alçado à celebridade literária, situação que, de certa forma, atrapalhará a avaliação das obras seguintes. E é esta obra, objeto da presente resenha, que será seu segundo trabalho.
Um ano depois do sucesso do seu primeiro romance, temos O Duplo que refletirá o traço peculiar na obra do autor, que é a análise psicológica dos seus personagens. Todavia, tal fator que marcará seu estilo, não foi recebido muito bem pela crítica dessa vez. Os entusiastas da análise social presente em Gente Pobre olham enviesado para o enredo d´O Duplo, onde boa parte da narrativa se atém aos pensamentos e devaneios do protagonista.