Editora Agir: 96 páginas |
Como resenhar uma obra que é tão conhecida? Até mesmo quem não tenha lido, lembra de alguma citação que foi dita ou escrita por alguém em algum lugar. Quem não sabe de memória as citações: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" e "(...) só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."?
O fato de uma obra ser conhecida não significa que tenha sido efetivamente lida. Eis a motivação da resenha: despertar-te, estimado leitor, para a leitura desta obra. Para que não só saibas alguma passagem, mas para atiçar em ti o desejo de conhecer por completo a história desse menino, que surge no meio do deserto e leva um aviador maduro e solitário a repensar seus conceitos de vida. A leitura é rápida e agradável, não vais te arrepender; e ainda voltarás para agradecer a dica!
O fato de uma obra ser conhecida não significa que tenha sido efetivamente lida. Eis a motivação da resenha: despertar-te, estimado leitor, para a leitura desta obra. Para que não só saibas alguma passagem, mas para atiçar em ti o desejo de conhecer por completo a história desse menino, que surge no meio do deserto e leva um aviador maduro e solitário a repensar seus conceitos de vida. A leitura é rápida e agradável, não vais te arrepender; e ainda voltarás para agradecer a dica!
Além de personagem-narrador do livro, nosso autor Antoine de Saint-Exupéry foi um aviador apaixonado pela profissão... mais do que paixão, um amor que o levou a escrever livros que direta ou indiretamente são frutos da sua experiência. Um piloto que demonstrava que escrever era como voar entre as nuvens: um prazer indescritível que lhe exigia um olhar atento e sensível (dá uma conferida na resenha de "Terra dos Homens", do mesmo autor).
A Léon Werth (quando ele era criança)
A dedicatória do livro começa com um pedido de desculpas às crianças, por ela ser direcionada ao seu melhor amigo Léon Werth. Pede que levem em consideração, como compensação, o fato desse amigo um dia ter sido criança, assim como todas as pessoas grandes um dia já foram, embora muitas não lembrem mais disso.
Exupéry escreveu esta obra quando estava exilado em Nova Iorque em decorrência da Segunda Guerra Mundial. E, por causa disto, não tinha contato com seus amigos que estavam na França, a qual sofria os males da guerra. Dentre eles, estava o ensaísta e novelista, crítico de arte, poeta e jornalista francês Léon Werth.
Conheceram-se em 1931. Os 13 anos de amizade que tiveram (até a morte de Exupéry numa missão durante a Guerra, no ano de 1944) superaram as muitas diferenças que tinham: Léon era 22 anos mais velho do que nosso escritor, filho de pai judeu, partidário dos bolcheviques. Aspectos que pesavam numa época onde posições política e de origem definiam as relações pessoais. A amizade de ambos foi além de qualquer fator determinante. Mais do que ideologias ou origens, ambos se viram como homens e como tais travaram uma amizade por toda as suas vidas.
E é o sentimento da amizade o tema de maior força nesta obra: sua construção e o valor que ele tem em nossas relações com o outro.
E é o sentimento da amizade o tema de maior força nesta obra: sua construção e o valor que ele tem em nossas relações com o outro.
Livro para criança?
Podemos ter a impressão de que se trata de obra voltada ao público infantil. Ledo engano... basta iniciar a leitura para notar que seu conteúdo vai muito além da história de um menino e um aviador. Contribuindo para isso, temos o talento do autor de fazer do texto uma conversa agradável, que nos faz sorrir sem perceber, assim como nos leva à emoção sem nos conter. Acredite, estimado leitor, esta obra vai te tocar em algum momento: seja nas percepções do menino que quer agradar sua rosa, seja no encontro com uma raposa que lhe ensina sobre a amizade, seja pelo olhar do aviador que se vê pequeno diante das revelações que vai tendo no avançar do seu convívio com o principezinho que parece ter caído dos céus.
E é assim que começa nossa história: uma pane no avião que obrigou o nosso aviador a fazer um pouso de emergência no meio do deserto do Saara. Sozinho, e com poucos recursos (a água só dava para oito dias), corria contra o tempo para consertar o motor antes que a própria morte lhe aparecesse. Ao despertar da primeira noite no deserto, qual foi a sua surpresa ao ouvir uma voz pedindo-lhe: "- Por favor... desenha-me um carneiro".
A partir daí teremos diálogos que nos vão falando um pouco desse menino e de como chegara ali. Falará sobre carneiros, da sua rosa e de seus poucos espinhos, das pessoas que encontrara em outros planetas, nas inúmeras viagens que fizera até chegar aqui na Terra. Notaremos em seus relatos situações que nos levam à reflexão. Um encantamento diante da simplicidade com que este menino traz a tona questões que deixamos para trás... que não queremos pensar a medida que a vida vai ficando cheia de responsabilidades e compromissos.
Gostaria, prezado leitor, que mais do que uma boa história, pudesses ver na mensagem de Exupéry a oportunidade de acreditar. Acreditar na transformação que somos capazes de fazer em nosso íntimo quando decidimos que isso é possível. Eis a diferença que um livro pode fazer: o de nos levar à compreensão do sentido de tudo isso que estamos vivendo, simples como um desenho de uma jibóia que engoliu um elefante.
E é assim que começa nossa história: uma pane no avião que obrigou o nosso aviador a fazer um pouso de emergência no meio do deserto do Saara. Sozinho, e com poucos recursos (a água só dava para oito dias), corria contra o tempo para consertar o motor antes que a própria morte lhe aparecesse. Ao despertar da primeira noite no deserto, qual foi a sua surpresa ao ouvir uma voz pedindo-lhe: "- Por favor... desenha-me um carneiro".
A partir daí teremos diálogos que nos vão falando um pouco desse menino e de como chegara ali. Falará sobre carneiros, da sua rosa e de seus poucos espinhos, das pessoas que encontrara em outros planetas, nas inúmeras viagens que fizera até chegar aqui na Terra. Notaremos em seus relatos situações que nos levam à reflexão. Um encantamento diante da simplicidade com que este menino traz a tona questões que deixamos para trás... que não queremos pensar a medida que a vida vai ficando cheia de responsabilidades e compromissos.
Gostaria, prezado leitor, que mais do que uma boa história, pudesses ver na mensagem de Exupéry a oportunidade de acreditar. Acreditar na transformação que somos capazes de fazer em nosso íntimo quando decidimos que isso é possível. Eis a diferença que um livro pode fazer: o de nos levar à compreensão do sentido de tudo isso que estamos vivendo, simples como um desenho de uma jibóia que engoliu um elefante.
Querem saber mais sobre esta obra tão famosa? Depois de lê-la, dá uma olhada no blog O Pequeno Príncipe. Lá tem informações curiosas a respeito. Mas só depois de ler o livro, combinado?
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