23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo: impressões dos últimos dias
Mas, apesar do incômodo do penúltimo dia,
não posso me queixar, pois nos outros dois dias não havia tanta
gente assim e meus ingressos sempre foram facilitados com o
credenciamento que consegui como representante do nosso blog (agradecemos a organização e prestatividade da equipe do credencimento).
O tipo de público que frequentou a feira
era muito variado: estudantes, professores, amantes de livros ou
apenas curiosos. Porém nas palestras de que participei a maior presença
era de professores. Durante os dias de semana, podia-se ver grupos de
alunos de diferentes colégios, acompanhados de seus respectivos
professores. Alguns deles entoavam palavras de ordem, acho que para
não se perderem uns dos outros. Era ruidoso mas bem divertido.
Para quem gosta de adquirir livros, como
eu, posso informar que os descontos variavam de cinquenta até dez
por cento. Na maioria das editoras os descontos eram de vinte por
cento para professores e de quinze por cento para os demais clientes.
Algumas poucas editoras, como a Saraiva, estavam promovendo um saldão
de ofertas para algumas obras selecionadas, com desconto de até
cinquenta por cento, mas aí precisava procurar muito para encontrar
uma boa obra.
Ah, aproveito para informar, para quem
ainda não sabe, que a Saraiva também lançou o seu leitor de
livros: o Lev. Acho que deram este nome porque ele realmente é muito
leve. Na feira, ele estava com um bom preço promocional, mas acho que
deveriam fornecê-lo de graça mesmo, pelo menos para quem adquirisse
um determinado valor de livros no formato eletrônico.
Apenas não gostei muito das salas montadas
para as palestras. Estas salas não tinham isolamento acústico e o
ruído externo atrapalhava a audição dos ouvintes, embora isso não
tenha tirado a minha concentração, apenas prejudicou as gravações
que fiz das palestras.
E por falar em palestras, gostei muito da
qualidade das que assisti, cujas síntese também serão publicadas
neste blog. Fiquei admirado com a cultura dos palestrantes. Não sei
se essa admiração foi fruto da minha diminuta cultura literária,
mas fiquei realmente impressionado com o conhecimento destas pessoas:
todos doutores; e não apenas por isto, mas pelas citações,
exemplos e linguagem usada durante as palestras. Uma das palestrantes
dava aula na Alemanha e uma outra era tradutora de obras em francês
e inglês, tendo morado vários anos na França. Todos eles e elas
com vários livros publicados. Fiquei impressionado e motivado a ler
muito mais, para me aproximar um pouco deles.
Importante observar que foi preciso chegar
ao local da palestra com pelo menos meia hora de antecedência, para
pegar uma senha, pois algumas palestras eram muito concorridas e não
havia espaço suficiente nas salas que foram reservadas para as
mesmas. Posso dizer que, pelo menos para mim, as palestras foram a
melhor parte da feira.
Esta foi a minha primeira Bienal
Internacional do Livro de São Paulo, mas se puder, quero ir nas próximas. Aproveito para convidar a todos que gostam de ler
livros para irem também, pois vale a pena. Mas se programem antes,
reservem dinheiro para comprar livros e façam um planejamento das
palestras que pretendem assistir. Feito isto, é só aproveitar e passar aqui para dizer como foi.
Obrigada, Gerson, pelo artigo! Lamento não ter sido possível acompanhá-lo nessa aventura, mas, de certa forma, estava contigo em todos os passos, pois tu bem sabes o quanto eu gosto! Além do mais, acredito que acabavas lembrando de mim a cada livro que via ou palestra que ouvia.
ResponderExcluirGostei muito das informações que passaste e acredito que motive outras pessoas a se planejarem para a próxima Bienal. Inclusive a gente!
Abraços com todo o meu afeto e gratidão!