quarta-feira, 30 de julho de 2014

12ª Festa Literária de Paraty (FLIP) - 30 de Julho a 03 de Agosto

Com a presença de autores mundialmente respeitados, como Julian Barnes, Don DeLillo, Eric Hobsbawm e Hanif Kureishi, a primeira Festa Literária Internacional de Paraty, realizada em 2003, inseriu o Brasil no circuito dos festivais internacionais de literatura. Ao longo de suas edições seguintes, a Flip ficou conhecida como um dos principais festivais literários do mundo, caracterizada não só pela qualidade dos autores convidados, mas também pelo entusiasmo do público e pela hospitalidade da cidade. Nos cinco dias de festa, a Flip realiza cerca de 200 eventos, que incluem debates, shows, exposições, oficinas, exibições de filmes e apresentações de escolas, entre outros, distribuídos em Flip . Programação Principal, FlipMais, FlipZona e Flipinha.

Composta de uma conferência de abertura e cerca de 20 mesas que reúnem para uma conversa informal convidados dos mais variados horizontes (escritores, cineastas, quadrinistas, historiadores, jornalistas e artistas plásticos, entre outros), a programação principal da Flip é realizada na Tenda dos Autores que possui um auditório com cerca de 850 lugares. Todos os eventos contam com tradução simultânea e são transmitidos na Tenda do Telão, com capacidade para cerca de 1.400 pessoas, e ao vivo, pela internet.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo

DIVERSÃO, CULTURA E INTERATIVIDADE. TUDO JUNTO E MISTURADO.

A Bienal do Livro

A 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontecerá entre 22 e 31 de agosto de 2014 no pavilhão de Exposições do Anhembi. Com uma programação abrangente, o evento mescla literatura com diversão, negócios, gastronomia e cultura.

A Bienal reunirá as principais editoras, livrarias e distribuidoras do país. São cerca de 480 expositores participantes que apresentarão para 800 mil visitantes seus mais importantes lançamentos em um espaço total de 60 mil m².

sábado, 26 de julho de 2014

Resenha: "Uma história politicamente incorreta da Bíblia" (Robert J. Hutchinson)

Ed. Agir; 256 páginas
"Ao modelar a civilização - e aqui falamos da lei, do governo, da ciência, da mídia e da educação ocidentais -, a Bíblia deu formato ao mundo."

Publicado nos EUA em 2007, este livro é uma resposta concisa mas inteligente (e até malcriada!) a uma série de (des)informações que são divulgadas contra a Bíblia, e a religião em geral, que pervasivamente têm-se constituído na opinião politicamente correta (e chic!) sobre o livro que, além de sagrado para e base da fé de um terço da humanidade, também deu "formato ao mundo".

Embora breve (que são 256 páginas para abordar tão vasto e polêmico tema?), Hutchinson se vale duma escrita que torna o texto fartamente instrutivo, engatilhando para o leitor sinceramente interessado em ter uma visão equilibrada sobre a autenticidade, o papel e o valor das Escrituras, referências e vínculos que trarão a lume réplicas e contra-argumentos do outro prato muitas vezes silenciado e ridicularizado na balança dos debates.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Resenha: "Crônica de uma morte anunciada" (Gabriel García Márquez, 1981)

Crônica de uma morte anunciada é um livro curto, de fácil e rápida leitura, mas nem por isso deixa de ser uma construção fascinante, devido à narrativa brilhantemente executada e profundamente marcada pela poesia.

A obra inicia com a revelação, logo nas primeiras linhas, do seu esperado desfecho, mas, curiosamente, isso não prejudica sua capacidade de envolver o leitor até suas derradeiras páginas, na medida em que o suspense é deslocado para outros aspectos relacionados ao evento principal, a morte de Santiago Nasar.

A narrativa é contada em forma de reconstrução jornalística por um amigo de Santiago Nasar anos após o ocorrido e se desenvolve com a superposição de versões apresentadas pelas pessoas que estiveram próximas a ele no último dia de sua vida, a partir das quais vai se montando um quebra-cabeça cheio de incertezas, esquecimentos e contradições, cujas peças vão se encaixando pouco a pouco.

Aqui reside um dos pontos interessantes de Crônica de uma morte anunciada, a viagem pela memória coletiva e de como ela pode ser esquiva, ou até mesmo enganosa.

A trama dos irmãos Vicário para matar Santiago Nasar, motivada pela necessidade de resgatar a honra da família, embora premeditada e conhecida por toda comunidade, jamais será evitada, pois ninguém consegue alertar Santiago Nasar a tempo de salvá-lo de seu trágico fim, paradoxo sintetizado com maestria pelo autor na frase “A fatalidade nos faz invisíveis”.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Resenha: "Sidarta" (Hermann Hesse, 1922)

Ed. BestBolso; 144 páginas
"Assim, todos amavam Sidarta. A todos ele causava alegria. Para todos era fonte de prazer. Mas a si mesmo, Sidarta não dava alegria. Para si, não era nenhuma fonte de prazer."

A passagem acima é reveladora de um dos principais temas da obra de Hesse, pelo qual se tornou conhecido como "o autor da crise": a jornada do autoconhecimento através de dilemas existenciais. A esse respeito, sua própria vida proveu farto estofo de vicissitudes.

Quando morreu em 1962, Hesse era um dos autores alemães mais desprezados e esquecidos. Seus críticos diziam que "suas histórias eram uma colagem brega de baixo nível" e Die Zeit, famoso periódico alemão, afirmou que a obra de Hesse "não servia nem para vaso de flores". Nem o fato de ter sido laureado com o prêmio Nobel de Literatura em 1946, "por  seus escritos inspirados que, ao ganharem em audácia e profundidade, exemplificam os ideais clássicos do humanismo e a alta qualidade do estilo", poupou Hesse, até após sua morte, da animosidade da opinião pública. E essa dificuldade já vinha de muito tempo.

Postagens populares